Olá, tudo bom? Como vão vocês?
Este artigo é o primeiro de uma série ao qual vou ensiná-los a trabalhar com o JavaServer Faces 2.0. Dúvidas e críticas são bem vindas.
Como Rodar o JSF 2.0 na sua máquina
A forma mais rápida de executar um aplicativo em JSF 2.0 é através do NetBeans IDE 6.8. A versão que você deve baixar é a que possui o Sun GlassFish Enterprise Server v3 que, não por acaso, possui suporte ao Java Web e EE.
JavaServer Faces no NetBeans IDE – Criando um Projeto JSF 2.0
O NetBeans IDE, graças ao GlassFish v3, possui as bibliotecas necessárias para desenvolver uma aplicação JavaServer Faces.
Para criar um projeto com JavaServer Faces, siga os seguintes passos:
1. Vá ao menu File e clique no item New Project.
2. Na caixa de diálogo New Project selecione o item Web em Categories e Web Application em Projects. Clique no botão Next.
3. Na segunda etapa você define o nome do projeto, em Project Name, e a localização, em Project Location. Digite PrimProjJSF (uma abreviação de Primeiro Projeto JavaServer Faces, como sugestão no nome do projeto). Fique atento a localização dos arquivos em sua máquina. Se desejar mudar a localização de onde se encontra o projeto, clique no botão Browse e selecione um novo local. Clique no botão Next.
3. Na terceira etapa você vai manter o GlassFish v3 em Server, assim como manter o mesmo nome do projeto em Context Path. Clique no botão Next.
4. A última etapa é onde você escolhe o framework JavaServer Faces. Na parte inferior, após selecionar o framework, surgirá duas abas: Libraries e Configuration. Em Libraries mantenha Use default library which comes with Server (JSF 2.0) .
5. Na aba Configuration, em Servlet URL Pattern, mantenha como /faces/*, assim como deixe Facelets em Preferred Page Language (veremos sobre isso em outra parte). Clique no botão Finish para concluir.
O NetBeans IDE abrirá automaticamente uma página em JSF criada pelo assistente através do template existente.
Um primeiro contato com JavaServer Faces
Se você não tem base de conhecimento no JavaServer Faces, aqui será o seu princípio. A idéia é modificar os arquivos configurados pelo NetBeans IDE.
Uma página simples
A primeira página de um projeto Web costuma ser chamada de index. No JSF 2.0, quando utilizamos o padrão de Facelets, esta página possui a extensão .xhtml, ficando index.xhtml. No NetBeans basta substituir o conteúdo da página index.xhtml pelo mostrado na Listagem 1.
Listagem 1 – A página index.xhtml
<?xml version='1.0' encoding='UTF-8' ?> <!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-transitional.dtd"> <html xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml" xmlns:h="http://java.sun.com/jsf/html"> <h:head> <title>Uma simples página JSF</title> </h:head> <h:body> <h:form> <h:outputText value="Exemplo Simples" /> </h:form> </h:body> </html>
O diretório WEB-INF
No diretório WEB-INF encontramos o arquivo web.xml (deployment descriptor) padrão, contendo as adições mostradas na Listagem 2.
Listagem 2 – O arquivo web.xml
<?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?> <web-app version="3.0" xmlns="http://java.sun.com/xml/ns/javaee" xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance" xsi:schemaLocation="http://java.sun.com/xml/ns/javaee http://java.sun.com/xml/ns/javaee/web-app_3_0.xsd"> <servlet> <servlet-name>Faces Servlet</servlet-name> <servlet-class>javax.faces.webapp.FacesServlet</servlet-class> <load-on-startup>1</load-on-startup> </servlet> <servlet-mapping> <servlet-name>Faces Servlet</servlet-name> <url-pattern>/faces/*</url-pattern> </servlet-mapping> <session-config> <session-timeout> 30 </session-timeout> </session-config> <welcome-file-list> <welcome-file>faces/index.xhtml</welcome-file> </welcome-file-list> </web-app>
O elemento <servlet-class /> declara javax.faces.webapp.FacesServlet fazendo com que este seja carregado inicialmente. O Servlet é mapeado no contexto pelo elemento <url-pattern /> para que as páginas da aplicação tenham o prefixo /faces/.
Nota: Embora na versão com Eclipse apareça o arquivo faces-config.xml, utilizado até a versão 1.2, na versão do JSF 2.0 não é obrigatório.
Você também pode configurar, para um aplicativo JSF, alguns parâmetros específicos no elemento <context-param />, como no trecho a seguir:
<context-param> <param-name>javax.faces.STATE_SAVING_METHOD</param-name> <param-value>client</param-value> </context-param> <context-param> <param-name>javax.faces.PROJECT_STAGE</param-name> <param-value>Production</param-value> </context-param>
A seguir você tem a Tabela 1 com alguns parâmetros e sua explicação:
Tabela 1 – Parâmetros de configurações de um projeto JSF no web.xml
Parâmetro | Descrição |
javax.faces.CONFIG_FILES | Define uma lista delimitada por vírgulas com caminhos relativos de contextos de configurações JSF em que a aplicação irá procurar. |
javax.faces.DEFAULT_SUFFIX | Permite definir uma lista de sufixos (ex.: .xhtml, .jsf) que serão utilizadas pelo framework para ler páginas com conteúdo JSF. |
javax.faces.LIFECYCLE_ID | Identifica a instância do ciclo de vida a ser utilizado durante o processamento de requisições JSF. |
javax.faces.STATE_SAVING_METHOD | Define a localização em que o estado é salvo. Neste caso temos dois: server (padrão) que tipicamente salva em HttpSession e client que salva como campos ocultos na subsequente submissão do formulário. |
javax.faces.PROJECT_STAGE | Descreve como a aplicação JSF está em seu ciclo de vida no desenvolvimento de software, podendo conter os seguintes valores: Development, UnitTest, SystemTest ou Production. Esta informação poderá ser usada por uma implementação JSF cachear recursos de modo que haja uma melhora no desempenho em produção, por exemplo. |
javax.faces.DISABLE_FACELET_JSF_VIEWHANDLER | Desabilita o Facelets (padrão) como Linguagem de Declaração de Página (Page Declaration Language – PDL) se colocado como true em seu valor. |
javax.faces.LIBRARIES | Interpreta cada arquivo encontrado na lista, separada por vírgula, de caminhos como uma biblioteca de tags Facelets. |
Executando o projeto de exemplo
No NetBeans é mais simples, pois o projeto considerado principal (main) já está ativo, sendo necessário apenas ir ao menu Run>Run Main Project.
Resultado é uma página JSF renderizada no Browser como mostrado na Figura abaixo.
fevereiro 9th, 2010 20:05
[…] que já fizemos nossa primeira aplicação em JSF, é mais fácil de entender os serviços que o framework JSF oferece ao desenvolvedor. Como […]
abril 14th, 2010 19:07
Olá,
Muito bom seus artigos, assim como os seus livros… exelentes…
Mas, onde está a parte 1 e 2 dos artigos de JSF? Posso conseguí-los?
Obrigado
Thiago
abril 14th, 2010 19:14
@Thiago,
Estão todas aqui:
http://www.edsongoncalves.com.br/category/javaserver-faces-2-0/
Abraço,
Edson Gonçalves
abril 16th, 2010 16:06
Edson,
Tudo bem?
Gostaria de uma opinião sua.
Estou trabalhando com Spring, e agora, começando a utilizar seu framework MVC, porém, eu gostaria de manter a facilidade na criação das paginas com JSF.
O que você acha sobre o Spring e o JSF trabalhando juntos? Como esse elo poderia ser eficiente? Através de quem eu iria utilizar os servlets?
Abraço,
Thiago
abril 16th, 2010 19:31
@Thiago,
Utilizar o Spring MVC é diferente de utilizar o Spring como container IoC. Se você for utilizar o JSF com Spring para IoC, ótimo.
Do contrário, o Spring MVC é um framework que não dependeria do JSF em sua View, pois ele é a View.
O JSF tem mais mercado. O Spring MVC é bem usado fora do Brasil, mas pouco difundido aqui. Se quiser conhecer mais sobre o Spring MVC, veja a matéria que escrevi na JavaMagazine 78.
julho 3rd, 2010 0:01
[…] que já fizemos nossa primeira aplicação em JSF, é mais fácil de entender os serviços que o framework JSF oferece ao desenvolvedor. Como […]
julho 3rd, 2010 0:11
Pessoal,
O conteúdo também está sendo exibido pelo Gabriel Panassol. Vocês podem apresentar qualquer conteúdo do site se quiserem, sem pedir permissão. Sintam-se livres e espalhem o conhecimento.
julho 5th, 2010 11:01
Olá Edson. Tudo bem? Comecei a acompanhar esse post.
Onde trabalho nós iremos começar a migrar a versão jsf do sistema. O sistema está utilizando a versão 1.1. A meta é migrar para a versão nova, 2.0. Inicialmente eu pensei em passar primeiro da versão 1.1 para a 1.2. Após isso pretendo passar para a versão 2.0.
O que preciso: Fazer um estudo comparativo sobre as versões em um tempo hábil. Na comparação irei analisar coisas do tipo: O que tem em uma versão diferente da outra; Prós e contras para fazer a migração; ….
Você pode me indicar algo (material;sites) para tal tarefa?
abraços e parabéns pelo bom trabalho aqui.
julho 6th, 2010 5:04
@Rudiney,
Aqui tem um bom resumo:
http://andyschwartz.wordpress.com/2009/07/31/whats-new-in-jsf-2/
Se pesquisar na Internet, verá muito mais.
PS: Não é difícil migrar da versão 1.1 para a 2.0.
Bons códigos!
setembro 3rd, 2010 11:09
Bom dia gonçalves,
Estou com seu livro e estou com uma dúvida, tenho uma aplicação que preciso passar um parametro para o meu Controller, porem tenho duvidas de como fazer, naum sei como passo. eu posso fazer #{meuBeanController.listar(‘param1, param2’)}?
outubro 30th, 2010 8:10
cara que de mais to adorando esses tutoriais, to começando nesta vida.
Aprendi por de mais nessas 2 aulas!!!
esperando as proximas ansioso!
novembro 3rd, 2010 10:55
Porque ao mudar o mapeamento do servletFaces
de:
/faces/*
para:
*.jsf
o css passa a não carregar as imagens como antes?
junho 7th, 2011 9:06
Bom dia Gonsalves
Então …. aquele recurso Visual para programar com Jsf pelo visto não emplacou, eu tenho o seu livro mais agora ( já há uns 4 meses ) venho tentando aprender a fazer algo na WEB com Spring 3 como IOC + JPA e JSF, no livro vc aborda a criação de classes e eu vi as entidades, o DAO e a controller, eu tenho encontrado alguns exemplos de classes anotadas com @Service, isto quer dizer que alem das que ja existentes eu tenho que criar uma classe a mais e anotar ela como service? qual o papel desta classe o que tem nela? a mesma coisa que tem no DAO? onde ela se encaixa ? o controller é que vai acess-la?
isto esta me confundindo bastante e não encontro exemplos que tirem minhas duvidas, no Site do Spring os exemplos não usam o JSF.
Um abraço.
agosto 3rd, 2011 16:47
Olá Edson, estou começando com JSF 2.0 e o seu artigo foi o que mais me ajudou até hoje, completo! Muito obrigado!!!
abril 9th, 2012 22:04
Edson,
Fiz tudo conforme indicado, mas ocorreu o seguinte erro:
GRAVE: Desligando v3 devido à exceção de inicialização : No free port within range: 8080=com.sun.enterprise.v3.services.impl.monitor.MonitorableSelectorHandler@1dc9c0b
O que posso fazer para corrigir?
Obrigada,
Laila
abril 9th, 2012 22:20
Já mudei a porta 8080 para 8181 no arquivo domain.xml, mas não resolveu.
abril 10th, 2012 21:25
Edson,
Eu estava com a versão 7.1, baixei a mesma versão que a sua 6.8 e deu certo.
Obrigada!
Laila
abril 10th, 2012 23:34
@Robson,
O que você talvez precise entender, antes, é exatamente o que está sendo executado e o porque das anotações. Isto vale para todos os leitores que estão aprendendo a usar o Spring, EJB, JPA, JSF moderno e outros. A documentação de cada framework ajuda a entender os detalhes. Meus livros simplesmente mostram um caso e nele explico aquilo que mostro, da forma mais técnica possível, sem fugir do assunto elaborado no exemplo. Mas tudo vai sempre além e um bom livro/documentação específica sobre o assunto esclarece qualquer dúvida.
dezembro 18th, 2012 9:47
Olá Edson, bom dia!!
Parabéns pela iniciativa e pelo blog! Excelente explicação e conteúdo.
Abraços
fevereiro 28th, 2013 15:00
Caro Edson, o site para baixar o JSF https://javaserverfaces.dev.java.net/ está fora do ar, qual a implementação do JSF você estar usando?
março 1st, 2013 23:18
@Alexsandro,
Use este endereço:
http://javaserverfaces.java.net/download.html
junho 8th, 2013 13:55
Edson como faço para retirar o prefixo /faces caso eu queira utilizar uma pagina jsp em um projeto que contem outros arquivos jsf?
fevereiro 15th, 2015 22:26
Boa noite,Edson como faz.para outro webmaster continuar un projeto inacabado por um programador que so me fez passar raiva..ele ta usando netbeans,obrigada
fevereiro 25th, 2015 16:17
@fernanda
Precisa procurar outro desenvolvedor e passar os fontes do que já foi criado para ele continuar.